Após queda brusca em número de prefeituras, PT da Bahia prepara ofensiva para 2024 e deve abrir confronto com aliados

Abrindo espaço
Além da influência do desgaste causado pela Lava Jato e pelo impeachment, a abertura de espaço para partidos aliados também pode explicar essa queda do PT. Enquanto os petistas viam seu volume de prefeituras murchando, aliados como PSD e PP iam ocupando cada vez mais territórios nos estados. Juntos, as duas legendas chegaram a somar, nas eleições de 2020, quase 200 prefeituras na Bahia.
Agora, com a saída do PP da base aliada, o retorno do presidente Lula e a perda de força do discurso antipetista, o PT recuperar forças no estado. Mas a ofensiva petista deve fazer com que a sigla entre em embate com aliados. Em Alagoinhas, por exemplo, o PT lançou o ex-vereador Radiovaldo Costa, que deve confrontar com Gustavo Carmo (PSD), provável nome apoiado pelo atual prefeito Joaquim Neto (PSD).
Prudente, o presidente estadual, Éden Valadares, confirma que a intenção é ampliar o número de prefeituras, mas afirma que o nome dos 185 pré-candidatos ainda serão debatidos com a federação PT, PCdoB e PV e com os partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
“Hoje somos o maior partido do estado em número de filiados, são mais de 160 mil petistas, e estamos representados atualmente em mais de 350 cidades por meio de Diretórios Municipais e Comissões Provisórias. Seguimos nos empenhando para revigorar o PT, mas entendemos e defendemos que os partidos que estão com o governador Jerônimo também se fortaleçam para juntos fazermos ainda mais pela Bahia”, afirmou.
Mesmo confirmando os 185 pré-candidatos, os petistas ainda vão precisar melhorar o desempenho. Se repetirem o aproveitamento de 21% do pleito de 2020, ainda assim permanecerão praticamente com o mesmo número de prefeituras, apenas uma a mais.